sexta-feira, 29 de julho de 2011

Gadu



“Shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar,shimbalaiê, toda vez que ele vai repousar,shimbalaiê, quando vejo o sol beijando o mar,Shimbalaiê, toda vez que ele vai repousar.”
Mayra Corrêa Aygadoux, mais conhecida como Maria Gadú nasceu emSão Paulo, 4 de dezembro de 1986, é uma cantora, compositora de canções e violonista brasileira de Música Popular. Desde sua estréia, Maria chamou a atenção de público e crítica, sendo indicada duas vezes ao Grammy Latino.

Paulista, foi introduzida à prática musical ainda na infância. Aos 7 anos de idade, já gravava músicas em fitas cassetes. Fez poucos meses de aulas de violão, longe do suficiente para ler partituras, mas o necessário para criar suas próprias canções. Fez desde os 13 anos shows em bares e festas de família em sua cidade de São Paulo. Mudou-se para o Rio de Janeiro no início de 2008, quando começou a tocar em bares da Barra da Tijuca e da Zona Sul. Sua carreira passou a ter ascensão ao despertar atenção de famosos ligados ao meio musical, como Caetano Veloso, Milton Nascimento, João Donato, dentre outros. Maria Gadu ganhou destaque ao interpretar "Ne me quitte pas", de Jacques Brel, para o diretor Jayme Monjardim, que estava em fase de pré-produção da minissérie Maysa - Quando Fala o Coração. Maysa Matarazzo, cantora e mãe do diretor, fez muito sucesso nas décadas de 1950 e 60 cantando, dentre outras, esta canção. A versão de Gadu, logo, foi incluída na trilha sonora da minissérie que estreara em janeiro 2009, na qual a cantora, ainda, fez uma participação especial como atriz
.
No início de 2009, aos 22 anos de idade, Maria Gadú preparava seu primeiro álbum, homônimo, lançado pelo selo SLAP, da gravadora Som Livre, e produzido por Rodrigo Vidal. Além disso, iniciou uma temporada de shows no Cinemathèque, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. Após o lançamento do álbum em meados de 2009, a cantora, rapidamente, foi ganhando espaço na mídia brasileira.[3] A canção "Shimbalaiê", sua primeira composição aos 10 anos de idade, foi incluída na trilha sonora de mais uma produção da TV Globo, desta vez em horário nobre, a novela Viver a Vida. Ne me quitte pas foi regravada e, junto com "A história de Lilly Braun", está na trilha sonora da minissérie Cinquentinha, de Aguinaldo Silva.

Gadu, participou de um show do cantor e compositor sueco-americano Eagle-Eye Cherry em São Paulo, no dia 21 de Janeiro de 2010, realizado na Via Funchal. O show foi registrado para o DVD ao vivo do cantor.
Maria Gadu conta sempre com seu parceiro Leandro Léo em seus shows, amigo íntimo de gadu canta com ela canções como: Linda Rosa, Laranja, como também "A falta que a falta faz", demonstrando sempre seu carinho por Gadú com demonstrações de amor em shows e vídeos.
Também participou do CD e do DVD do álbum N9ve da cantora e compositora de canções Ana Carolina cantando a música inédita "Mais que a mim".
No dia 21 de fevereiro de 2010, Maria Gadu ganhou disco de ouro pela vendagem de mais de 50 mil cópias do seu 1º CD.
A trilha sonora do filme Sonhos Roubados tem a participação de Maria Gadu na faixa principal. A faixa homônima ao longa saiu na internet em Abril e foi lançada para promover o filme.

Também em 2010, a cantora fez uma participação com Xuxa em seu XSPB 10, cantando a música "O Leãozinho" de Caetano Veloso. No mesmo ano recebeu duas indicações ao Grammy Latino, nas categorias Melhor Artista Revelação e Melhor Album de Cantor/Compositor.E gravou Dv e Cd  com Caetano Veloso para Multishow em 2011.
  
Discografia
Ano
CDS
Certificação
Vendas
+ de 50.000

Trilhas sonoras
2009
"Shimbalaiê" em Viver a Vida
"Linda Rosa" em Cama de Gato
"A História De Lily Braun" em Cinquentinha
"Ne Me Quitte Pas" em Maysa - Quando Fala o Coração
2010
"Sonhos Roubados" no filme Sonhos Roubados
"Lounge" em A Vida Alheia
"Dona Cila" em Clandestinos - O Sonho Começou
"Rapte-Me Camaleoa" em Ti Ti Ti (2010)
2011
"Quase sem querer" no filme Desenrola
"Bela Flor" em Cordel Encantado
Prêmio:
2010 - Prêmio de Música Digital - Música mais vendida MBP: "Shimbalaiê"


“A flor que vem me lembrar,a flor que e quase igual,a Flor que muito pensa,a flor que fecha o Sol,parece a mesma flor,só muda o coração,quando se unem são,a flor que inspirou a canção”é a mesma que inspirou Maria Gadu.
Beijos e abraços a todos,fiquem com Deus e até o proximo

quinta-feira, 28 de julho de 2011

"Babulina"


“Jorge é de Capadócia, viva Jorge!Jorge é de Capadócia”, salve Jorge!Salve Jorge que comessou Ben  e virou Benjor ,mas não perdeu em nada em suing  e criatividade e ritimo,”aiai Caranba”Salve Jorge.
Jorge Duílio Lima Meneses nasceu no Rio de Janeiro, 22 de março de 1942, conhecido como Jorge Ben e atualmente Jorge Ben Jor é um guitarrista, cantor e compositor popular brasileiro. Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: rock and roll, samba, samba rock (termo que gosta de usar), bossa nova, jazz, maracatu, funk, ska e até mesmo hip hop, com letras que misturam humor e sátira, além de temas esotéricos.
A música de Jorge Ben tem uma importância singular para a música brasileira, por incorporar elementos novos no suingue e na maneira de tocar violão, com características do rock, soul e funk norte-americanos. Além disso, influência árabes e africanas, oriundas de sua mãe, nascida na Etiópia.
Influenciou o sambalanço e foi regravado e homenageado por inúmeros expoentes das novas gerações da música brasileira, como Mundo Livre S/A ("Samba Esquema Noise") e Belô Velloso, em "Amante Amado".

Carioca de Madureira, mas criado no Rio Comprido, Jorge Ben queria ser jogador de futebol e chegou a integrar o time infanto-juvenil do Flamengo. Mas acabou seguindo o caminho da música, presente em sua vida desde criança. Ganhou seu primeiro pandeiro aos treze anos de idade e, dois anos depois, já cantava no coro de igreja. Também participava como tocador de pandeiro em blocos de carnaval. Aos dezoito, ganhou um violão de sua mãe e começou a se apresentar em festas e boates, tocando bossa nova e rock and roll. É conhecido como Babulina, por conta da pronúncia do rockabilly Bop-A-Lena de Ronnie Self (apelido que Tim Maia tinha pelo mesmo motivo).
Seu ritmo híbrido lhe trouxe alguns problemas no início, quando a música brasileira estava dividida entre a Jovem Guarda e o samba tradicional, de letras engajadas. Ao passar a ter interesse pela música, o artista vivenciou uma época na qual a bossa nova predominava no mundo. A exemplo da maioria dos músicos de então, ele foi inicialmente influenciado por João Gilberto, mas desde o início foi bastante inovador.

No início da anos 60 apresentou-se no Beco das Garrafas, que se tornou um dos redutos da bossa nova. Em 1963, ele subiu no palco e cantou "Mas que Nada" - que já tinha gravado como vocalista do conjunto do organista Zé Maria - para uma pequena plateia, que incluía um executivo da gravadora Philips. Dois meses depois, era lançado o primeiro compacto de Jorge Ben, que inclui ainda "Por Causa de Você Menina". No mesmo ano lançou o primeiro LP, Samba Esquema Novo, acompanhado pelo conjunto de samba jazz Meirelles e os Copa Cinco.[5] Nessa época Jorge Ben Tornou-se unanime entre os críticos musicais da época, pois vinha com uma batida nova, o chamado Samba-Rock, que agradava ao mesmo tempo grupos extremos como a Bossa Nova e a Jovem Guarda. "Mas que Nada" foi seu primeiro grande sucesso no Brasil e também é uma das canções em língua portuguesa mais executadas nos Estados Unidos até hoje, na versão do pianista brasileiro Sérgio Mendes com o grupo de hip hop norte-americano Black Eyed Peas. E também foi uma das poucas a obterem êxito neste país (como "Garota de Ipanema"), tendo ainda sido regravada por artistas como Ella Fitzgerald, Dizzy Gillespie, Al Jarreau, Herb Alpert, José Feliciano e Trini Lopez. Outras composições como "Zazueira" e "Nena Naná" fizeram relativo sucesso no país

Em 1968, Jorge Ben quando foi convidado para o programa Divino, Maravilhoso que Caetano Veloso e Gilberto Gil faziam na Tupi. Ele também participou d"O Fino da Bossa" (comandado por Elis Regina) e da Jovem Guarda (de Roberto Carlos). Nesta época, Jorge Ben obteve enorme sucesso com "Cadê Tereza?", "País Tropical", "Que Pena" e "Que Maravilha", além de concorrer com "Charles, Anjo 45" no festival Internacional da Canção, da TV Globo, em 1969.
Na década de 1970, venceria este festival com "Fio Maravilha", interpretado por Maria Alcina. "País Tropical" também teve êxito, na voz de Wilson Simonal. Ainda nos anos 70, Jorge Ben lançou álbuns mais esotéricos e experimentais, como A Tábua de Esmeralda (1974), Solta o Pavão (1975) e África Brasil (1976). Embora não obtivessem sucesso comercial, estes álbuns são considerados clássicos da música brasileira.

Na década seguinte, Jorge Ben dedicou-se a divulgar suas músicas no exterior. Em 1989, ele mudou o nome artístico de "Jorge Ben" para "Jorge Benjor", logo depois alterado para "Jorge Ben Jor". Na época, foi dito que a mudança teria sido provocada pela numerologia, mas o mais plausível é que tenha ocorrido para evitar confusões com o músico americano George Benson, Jorge Ben estava começando a se tornar muito conhecido nos Estados Unidos na época
.
Nesta nova fase, sua música tornou-se mais pop, ainda que com estilo suingue. Sua música "W/Brasil (Chama o Síndico)", lançada em 1990, estourou nas pistas de dança em 1991 e 1992, tornando-se uma verdadeira febre na época. A canção é também uma homenagem ao cantor Tim Maia. Além disso, foi realizada devido a um pedido pessoal de Washington Olivetto, proprietário da W/Brasil, que o pediu para criar uma música sobre a agência.
Em 2004, Jorge Ben Jor lançou Reactivus Amor Est (Turba Philosophorum), primeiro álbum com canções inéditas desde 1995. Ainda na ativa, seus shows costumam durar cerca de três horas, para plateias formadas principalmente por jovens.
Fez uma participação especial no DVD 1000 Trutas, 1000 Tretas, do grupo de rap Racionais MC's, onde cantou a música "Abenção Mamãe, Abenção Papapai”.

Discografia
Álbuns de estúdio
Samba Esquema Novo (1963)
Ben É Samba Bom (1964)
Sacundin Ben Samba (1964)
Big Ben (1965)
O Bidú: Silêncio no Brooklin (1967)
Jorge Ben (1969)
Força Bruta (1970)
Negro É Lindo (1971)
Ben (1972)
A Tábua de Esmeralda (1974)
Solta o Pavão (1975)
África Brasil (1976)
Salve Simpatia (1979)
Alô Alô, Como Vai? (1980)
Bem-vinda Amizade (1981)
Dádiva (1984)
Sonsual (1985)
Ben Brasil (1986)
Ben Jor (1989)
23 (1993)
Homo Sapiens (1995)
Músicas Para Tocar Em Elevador (1997)
Reactivus Amor Est (Turba Philosophorum) (2004)
Dançando a Noite Inteira (Jorge Ben Jor e Tim Maia) (2006)
Recuerdos de Asunción 443 (2007)

Álbuns ao vivo
On Stage (1972)
10 Anos Depois (1973)
Gil & Jorge: Ogum, Xangô (1975)
Jorge Ben à l'Olympia (1975)
Dal Vivo Al Sistina (1975)
A Banda do Zé Pretinho (1978)
Energia (1982)
Live in Rio (1992)
Mestres da MPB (1993)
Roda Viva (1995)
Acústico MTV (2002)

“A banda do Zé Pretinho chegou para  animar a festa,porque moro em um pais  tropical,sou flamengo e no meio da rua no meio da chuva a girar.Agora ninguém chora mais, porue eu vou chamar  o Jorge Benjor  para animar a festa.”
Beijos e abraços atodos ,fiquem com Deus e até o proximo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

"Cassia Rok Eller"


“Deus é um cara gozador adora brincadeira, pois pra me jogar no mundo tinha o mundo inteiro mas achou muito engraçado, me botar cabreiro na barriga da miséria.Eu nasci brasileiro,eu sou do Rio de Janeiro.. um dia ainda sou notícia.”
Saudade: uma palavra tão forte quanto sua apunhalada. Às vezes o tempo passa depressa, rápido demais. Anos e anos se vão como pó ao vento. Cássia Eller se foi, mas sua vida está presente em nós, afinal o que de melhor ela fez por aqui, felizmente, podemos continuar ouvindo.
Cássia Rejane Eller nasceu noRio de Janeiro, 10 de dezembro de 1962 e faleceu no Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2001 foi uma cantora e violonista do rock brasileiro dos anos 1990.

Filha de um sargento pára-quedista do Exército e de uma dona-de-casa, seu nome foi sugerido pela avó, devota de Santa Rita de Cássia.
Nascida no Rio de Janeiro, aos 6 anos mudou-se com a família para Belo Horizonte. Aos 10, foi para Santarém, no Pará. Aos 12 anos, voltou para o Rio. O interesse pela música começou aos 14 anos, quando ganhou um violão de presente. Tocava principalmente músicas dos Beatles. Aos 18, chegou a Brasília. Ali, cantou em coral, fez testes para musicais, trabalhou em duas óperas como corista, além de se apresentar como cantora de um grupo de forró. Também fez parte, durante dois anos, do primeiro trio elétrico de Brasília, denominado Massa Real, e tocou surdo em um grupo de samba. Trabalhou em vários bares (como o Bom Demais), cantando e tocando. Despontou no mundo artístico em 1981, ao participar de um espetáculo de Oswaldo Montenegro.
Um ano mais tarde, foi para Minas Gerais, onde trabalhou como servente de pedreiro. "Fiz massa e assentei tijolos", contava. Na escola, não chegou a terminar o ensino médio, por causa também dos shows que fazia, não teria tempo para estudar.
Caracterizada pela voz grave e pelo ecletismo musical, interpretou canções de grandes compositores do rock brasileiro, como Cazuza e Renato Russo, além de artistas da MPB como Caetano Veloso e Chico Buarque, passando pelo pop de Nando Reis e o incomum de Arrigo Barnabé e Wally Salomão, até sambas de Riachão e rocks clássicos de Jimi Hendrix, Rita Lee, BeImpôs.atles, John Lennon e Nirvana.
Impôs-se por seu estilo enérgico de interpretação, principalmente em razão de seu timbre vocal de contralto -  uma das mais marcantes vozes da nova MPB.
Teve uma trajetória musical bastante importante, embora curta, com algo em torno de dez álbuns próprios gravados no decorrer de doze anos de carreira. De fato, somente em 1989 sua carreira decolou. Ajudada por um tio seu, gravou uma fita demo com a canção "Por enquanto", de Renato Russo. Este mesmo tio levou a fita à PolyGram, o que resultou na contratação de Cássia pela gravadora. Veio então o contrato com a gravadora e o primeiro disco, lançado em 1990. Depois disso, Cássia não parou mais. Foram seis discos gravados. vários sucessos e uma personalidade inconfundível, que mistura sua timidez latente à rebeldia quase adolescente.   Sua primeira participação em disco foi em 1990, no LP de Wagner Tiso intitulado "Baobab".

Cássia Eller sempre teve uma presença de palco bastante intensa, assumia a preferência por álbuns gravados ao vivo e ela era convidada constantemente para participações especiais e interpretações sob encomenda, singulares, personalizadas.
Cássia não gosta de pensar em metas para o futuro. Não planeja novos trabalhos nem se preocupa com conceitos. Queria estar no palco o tempo todo e produzir muitas canções. Aos 36 anos, ela ainda era a mesma garota que tocava Beatles aos 14.
Outra característica importante é o fato de ela ter assumido uma postura de intérprete declarada, tendo composto apenas três das canções que gravou: "Lullaby" (parceria com Márcio Faraco) em seu primeiro disco, Cássia Eller, de 1990 (LP com 60.000 cópias vendidas, sobretudo em razão do sucesso da faixa "Por enquanto" de Renato Russo); "Eles" (dela com Luiz Pinheiro e Tavinho Fialho) e "O Marginal" (dela com Hermelino Neder, Luiz Pinheiro e Zé Marcos), no segundo disco, O Marginal (1992).

Era homossexual assumida e morava com a parceira Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava o filho Francisco (chamado carinhosamente de Chicão). Ela teve seu filho com o baixista Tavinho Fialho. Ele faleceu em um acidente automobilístico meses antes do nascimento de Francisco. Maria ficou responsável pela criação do filho de Cássia após a morte de sua companheira.

2001 foi um ano bastante produtivo para Cássia Eller. Em 13 de janeiro de 2001, apresentou-se no Rock in Rio III, num show em que baião, samba e clássicos da MPB foram cantados em ritmo de rock. Neste dia, o organograma de apresentação foi o seguinte: R.E.M., Foo Fighters, Beck, Barão Vermelho, Fernanda Abreu e Cássia Eller. 190 mil pessoas compareceram a esta apresentação.
Entre maio e dezembro, Cássia Eller fez 95 shows. O que levou a cantora a gravar um DVD, nos moldes de sua preferência - ao vivo: o Acústico MTV, gravado entre 7 e 8 de março, em São Paulo, no qual Cássia contou com o um grupo de alto nível técnico e artístico: Nando Reis (direção musical/autoria, voz e violão em "Relicário" / voz em "De Esquina" de Xis), os músicos da banda Luiz Brasil (direção musical /cifras / violões e bandolim), Walter Villaça (violões e bandolim), Fernando Nunes (baixolão), Paulo Calasans (piano acústico Hammond e órgão Hammond), João Vianna (bateria, surdo, ganzá, ralador e lâmina), Lan Lan (percussão) e Thamyma Brasil (percussão), os músicos convidados Bernardo Bessler (violino), Iura (Cello), Alberto Continentino (contrabaixo acústico), Cristiano Alves (clarinete e clarone), Dirceu Leite (sax, flauta e clarineta), entre muitos outros. Este álbum foi composto por 17 faixas, acrescidas do Making Of, galeria de fotos, discografia e i.clip.
No fim do ano, ela se apresentaria na Praça do Ó, na Barra da Tijuca, no Rio, durante os festejos do réveillon. Faleceu dois dias antes, em 29 de dezembro. Foi substituída por Luciana Mello. Em vários pontos do Rio de Janeiro, fez-se um minuto de silêncio durante a comemoração da passagem do ano em memória de Cássia Eller. Vários artistas também prestaram homenagem à cantora em seus shows, na virada do ano.

Cássia Eller faleceu em 29 de dezembro de 2001, aos 39 anos, no auge de sua carreira, em razão de um infarto do miocárdio. A hipótese de overdose de drogas, considerada inicialmente como causa da morte, foi descartada pelos laudos periciais do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro.

Frases:
- "Sou mulher, sou pobre, sapatão, mãe solteira, preencho todas as lacunas. Tem de saber lidar com o preconceito" (Maio de 2001)
- "Acho ótimo a pirataria, acho 'o bicho'. O cara não tem dinheiro, nem nada. Vai ficar sem ouvir música?"(Maio de 2001)
- "Esta semana mesmo já comecei a ligar para umas pessoas e pensar no próximo álbum"(Dezembro de 2001)
- "Não vejo o que faço como uma carreira. Faço música por que gosto muito, me dá muito prazer" (Maio de 2001)
- "Não quero ter de me preocupar com nada a não ser o palco, o show, a música. Preciso confiar e ter um bom relacionamento com quem me vende."
- Sobre o vício da cocaína: "Eu embalava dois, três dias sem parar. Aí deu um clique, fiquei pirada com a história. O meu problema hoje é que eu bebo, entorno uma cana. Eu gosto de birita." (IstoÉ Gente, dezembro de 2001)
- Mãe: "Não sou muito coerente. Às vezes sou muito rígida com o Chicão e, no outro dia, na mesma situação já sou mais tranqüila, relaxo mais. Mas ele também é meio doidinho, acho que entende isso." (Dezembro de 2001)
"No meu tempo ouvíamos Chico Buarque nas rádios. Não tem jeito, a coisa mudou mesmo. Mas ainda assim adoro rádio”

Discografia
Álbuns de estúdio
Cássia Eller (1990)
O Marginal (1992)
Cássia Eller (1994)
Veneno AntiMonotonia (1997)
Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo (1999)
Dez de Dezembro (2002) (Póstumo)
Álbuns ao vivo
Cássia Eller ao Vivo (1996)
Veneno Vivo (1998)
Acústico MTV (2001)
Rock in Rio ao Vivo (2006)
Recompilações
Minha História (1997)
Música Urbana (1997)
Millennium (1998)
Cássia Rock Eller (2000)
Coletânea Sem Limites(2001)
Série Gold (2002)
Luau MTV Cássia Eller (2002)
Perfil (2003)
Participação Especial (2003)
A Arte de Cássia Eller (2004)
I Love MPB (2004)
Novo Millennium (2005)
Raridades (2008)

Videografia:
DVDs
Com Você… Meu Mundo Ficaria Completo (2000)
Acústico MTV (2001)
Álbum MTV (2002)
Cássia Eller ao Vivo no Rock in Rio (2006)
Cássia Eller ao Vivo Violões (2010)

Ela não foi apenas uma garotinha esperando  onibus lotado,não ficou esperando o segundo sol,e sei que disseram por ai  e que foi pessoas serias que falaram,pois eu tava junto ao cara que carimbava postais.Voce era o inimiga de uma interrogação,venus que te quero, “sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher,sou minha mãe e minha filha,minha irmã, minha menina.Mas sou minha, só minha e não de quem quiser,sou Deus, tua deusa, meu amor.”Sou e fuii Cassia Eller ,anjo,fera,filha, mãe,muler e estrela de primeira grandeza. 
Beijos  e  abraços a todos,fiquem com Deus e até o proximo

terça-feira, 26 de julho de 2011

Caetano


“Quando eu cheguei  por  aqui eu nada entedi... e foste um difícil começo, afasto o que não conheço . E quem vende outro sonho feliz de cidade aprende depressa a chamar-te de realidade .Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso.”
Caetano Veloso ,nascido Caetano Emanuel Viana Teles Veloso em Santo Amaro da Purificação, 7 de agosto de 1942 é um músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro. Com uma carreira que já ultrapassa quatro décadas, Caetano construiu uma obra musical marcada pela releitura e renovação considerada de grande valor intelectual e poético.

Embora desde cedo já tivesse aprendido a tocar violão em Salvador, escrito entre os anos de 1960 e 1962 críticas de cinema para o Diário de Notícias, conhecido o trabalho dos cantores de rádios e dos músicos de bossa nova—notavelmente João Gilberto, sua maior influência e com quem dividiria o palco anos mais tarde—Veloso iniciou seu trabalho profissionalmente em 1965 com o compacto "Cavaleiro/Samba em Paz", enquanto acompanhava a irmã mais nova Maria Bethânia por suas apresentações nacionais do espetáculo "Opinião", no Rio de Janeiro. Nessa década conhece Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, participa dos festivais de música popular da Rede Record e compõe trilhas de filmes. Em 1967 sai seu primeiro LP, Domingo, com Gal Costa, e no ano seguinte lidera o movimento chamado Tropicalismo, que renovou o cenário musical brasileiro e os modos de se apresentar e criar música no Brasil, através do disco Tropicália ou Panis et Circensis ao lado de vários músicos. Em 1968, face à ditadura militar, compõe o hino "É Proibido Proibir", que é desclassificada e amplamente vaiada durante o III Festival Internacional da Canção.
Em 1969, é preso pelo regime militar e parte para exílio político em Londres, onde lança Caetano Veloso (1971), disco triste com canções compostas em inglês e endereçadas aos que ficaram no Brasil. Transa (1972) representou seu retorno ao país e seu experimento com compassos de reggae. Em 1976, une-se a Gal, Gil e Bethânia para formar o Doces Bárbaros, típico grupo hippie dos anos 70, lançando um disco, Doces Bárbaros, e saindo em turnê. Na década de 80, mais sóbrio, apadrinhou e se inspirou nos grupos de rocks nacionais, aventurou-se na produções dos discos Outras Palavras, Cores, Nomes, Uns e Velô, e em 1986 participou de um programa de televisão com Chico Buarque. Na década de 90, escreveu Verdade Tropical (1997), e o disco Livro (1998) ganha o Prêmio Grammy em 2000, na categoria World Music. Com A Foreign Sound cantou clássicos norte-americanos e em 2006 lançou o álbum Cê, fruto de sua experimentação com o rock e o underground. Unindo estes gêneros ao samba, Zii e Zie de 2009—seu último disco lançado até agora—fechou a parceria com a Banda Cê.
Caetano Veloso é considerado um dos artistas brasileiros mais influentes desde a década de 60 e já foi chamado de "aedo pós-moderno". Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos músicos latino-americanos do mundo, tendo mais de cinqüenta discos disponíveis e canções em trilhas sonoras de filmes como Hable con Ella de Pedro Almodovar e Frida de Julie Taymor. Ao longo de sua carreira, também se converteu numa das personalidades mais polêmicas e com maior força de opinião nacional. É uma das figuras mais importantes da música popular brasileira, considerado internacionalmente um dos melhores compositores do século XX,] sendo comparado a nomes como Bob Dylan, Bob Marley e Lennon/McCartney.

Caetano Veloso nasceu em 7 de agosto de 1942 em Santo Amaro, Bahia, como o quinto dos oito filhos de José Teles Velloso, Seu Zezinho, funcionário público dos Correios falecido em 13 de dezembro de 1983 aos 82 anos, e Claudionor Viana Teles Velloso, Dona Canô, nascida em 16 de setembro de 1907. Casaram-se em 7 de janeiro de 1931.[7]
Desde pequeno, mostrou imenso interesse em arte e pintura. Em 1946, sua irmã mais nova nasceu. Veloso foi fundamental no momento da escolha de seu nome: o garoto de quatro anos de idade que adorava música brasileira, inspirado na valsa "Maria Bethânia"—do compositor Capiba e sucesso na voz do cantor Nélson Gonçalvez—assim escolheu o nome da irmã, Maria Bethânia. Ambos veriam sua trajetória artística se cruzar por diversos momentos e foram os dois filhos de Dona Canô que mais se destacaram no cenário nacional.
Dois acontecimentos principais o fizeram optar pela música. Aos 16 anos, sofreu um impacto que mudou definitivamente os seus planos de trabalhar no cinema: ouviu num programa da Rádio Mayrink Veiga a canção "Chega de Saudade" na voz de Marisa Gata Mansa e tomou conhecimento do disco homônimo de 1959 de João Gilberto. "Foi o marco mais nítido que uma canção já me deixou na vida", recordaria anos mais tarde.[8] As maiores influências musicais desta época foram alguns cantores em voga na época, como "o rei do baião" Luiz Gonzaga, e canções de maior apelo regional, como sambas de roda e pontos de macumba. Em 1956, freqüentou o auditório da Rádio Nacional, na capital fluminense, que contava com apresentações dos maiores ídolos musicais brasileiros.

Iniciou a carreira interpretando canções de bossa nova, sob influência de João Gilberto, um dos ícones e fundadores do movimento bossa nova. Colaborou com os primórdios de um estilo musical que ficou conhecido como MPB (música popular brasileira), deslocando o melodia pop na direção de um ativismo político e de conscientização social. O nome ficou então associado ao movimento hippie do final dos anos 1960 e às canções do movimento da Tropicália. Trabalhou como crítico cinematográfico no jornal Diário de Notícias, dirigido pelo diretor e conterrâneo Glauber Rocha. A obra adquiriu um contorno pesadamente engajado e intelectualista e o artista firmava-se sendo respeitado e ouvido pela mídia e pela crítica especializada.
Participou na juventude de espetáculos semi-amadores ao lado de Tom Zé, da irmã Maria Bethânia e do parceiro Gilberto Gil, integrando o elenco de Nós por exemplo, Mora na filosofia e Nova bossa velha, velha bossa nova em 1964. O primeiro trabalho musical foi uma trilha sonora para a peça teatral Boca de ouro, do escritor Nelson Rodrigues, do qual Bethânia participou em 1963, e também escreveu a trilha da peça A exceção e a regra, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, dirigido por Álvaro Guimarães, na mesma época em que ingressou na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia.

Foi lançado no cenário musical nacional pela irmã, a já reconhecida cantora Maria Bethânia, que gravou uma canção da autoria no primeiro disco, Sol negro, um dueto com Gal Costa, as cantoras que mais gravaram músicas da autoria. Em 1965, lançou o primeiro compacto, com as canções Cavaleiro e Samba em Paz, ambas de sua autoria, pela RCA, que posteriormente transformou-se em BMG (adquirida depois pela Sony Music), participando também do musical Arena canta Bahia (ao lado de Gal, Gil, Bethânia e Tom Zé), dirigido por Augusto Boal e apresentado no TBC (São Paulo). Teve músicas inclusas na trilha do curta-metragem Viramundo, dirigido por Geraldo Sarno.
O primeiro LP gravado, em parceria com Gal Costa, foi Domingo (1967), produzido por Dori Caymmi, foi lançado pela gravadora Philips, que posteriormente transformou-se em Polygram (atualmente Universal Music), que lançaria quase todos os discos. Domingo contou com uma sonoridade totalmente bossa-novista, e a ele pertence o primeiro êxito popular da carreira, a canção Coração vagabundo. Mesmo não tendo sido um estrondoso sucesso, garantiu um bom reconhecimento à dupla e foi muito aclamado pelo meio musical da época, como Elis Regina, Wanda Sá, o próprio Dori Caymmi e Edu Lobo, marcando a estreia de ambos nessa gravadora, a convite do então diretor artístico João Araújo. A canção Um dia, no repertório deste, recebeu o prêmio de melhor letra no II Festival de Música Popular Brasileira da TV Record.

Nesse mesmo ano, a canção Alegria, Alegria, que fez parte do repertório do primeiro LP individual, Caetano Veloso (janeiro de 1968), que trouxe canções como Alegria alegria, No dia em que vim-me embora, a antológica Tropicália, Soy loco por ti América e Superbacana, e também lançada em compacto simples, ao som de guitarras elétricas do grupo argentino Beat Boys, enlouqueceu o terceiro Festival de Música Popular Brasileira (TV Record, outubro de 1967), juntamente com Gilberto Gil, que interpretou Domingo no Parque, classificadas respectivamente em quarto e segundo lugar. Era o início do Tropicalismo, movimento este que representou uma grande efervescência na MPB.
Este marco foi realizado pelo lançamento do álbum Tropicália ou Panis et Circensis (julho de 1968), disco coletivo que contou com as participações de outros nomes consagrados do movimento, como Nara Leão, Os Mutantes, Torquato Neto, Rogério Duprat, Capinam, Tom Zé, Gil e Gal. Ficou associada a este contexto a canção É Proibido Proibir, da sua autoria (mesmo compacto que incluía a canção Torno a repetir, de domínio público), que ocasionou um dos muitos episódios antológicos da eliminatória do 3º Festival Internacional da Canção (TV Globo), no Teatro da Universidade Católica (São Paulo, 15 de setembro de 1968). Vestido com roupa de plástico, ele lança de improviso um histórico discurso contra a plateia e o júri. "Vocês não estão entendendo nada!", grita. A canção é desclassificada, mas também foi lançada em compacto simples. Em novembro, Gal defende sua canção "Divino maravilhoso", parceria sua com Gil, no mesmo musical onde participou defendendo a canção "Queremos guerra" (de Jorge Benjor). Caetano lançou um compacto duplo que continha a gravação do samba "A voz do morto" que foi censurado, com isso o LP foi recolhido das lojas.
Caetano Veloso e Jorge Mautner foram os primeiros andróginos da Música Popular Brasileira. Em seu primeiro show na volta ao Brasil, em 1972, Caetano encarava o público de brincos de argolas, tamancos, batom e tomara-que-caia. Caetano Veloso é a maior referência para o artista Ney Matogrosso - que mais tarde estrearia no grupo Secos & Molhados.

Desde o início da carreira, Veloso sempre demonstrou uma posição política contestadora, sendo até confundido como um militante de esquerda, ganhando por isso a inimizade do regime militar instituído no Brasil em 1964 e cujos governos perduraram até 1985. Por esse motivo, as canções foram frequentemente censuradas neste período, e algumas até banidas. Em 27 de dezembro de 1968, Veloso e o parceiro Gilberto Gil foram presos, acusados de terem desrespeitado o hino nacional e a bandeira brasileira. Foram levados para o quartel do Exército de Marechal Deodoro, no Rio, e tiveram suas cabeças raspadas.
Ambos foram soltos em 19 de fevereiro de 1969, quarta-feira de cinzas, e seguiram para Salvador, onde tiveram de se manter em regime de confinamento, sem aparecer nem dar declarações em público. Em julho de 1969, após dois shows de despedida no Teatro Castro Alves, nos dias 20 e 21, Caetano e Gil partiram com suas mulheres, respectivamente as irmãs Dedé e Sandra Gadelha, para o exílio na Inglaterra. O espetáculo, precariamente gravado, se transformou no disco Barra 69, de três anos mais tarde.
Antes de partir para o exílio, em abril e maio de 1969, Caetano gravou as bases de voz e violão do próximo disco, Caetano Veloso, que foram mandadas para São Paulo, onde o maestro Rogério Duprat faria os arranjos e dirigiria as gravações do disco, lançado em agosto - um dos únicos que não traz uma foto sua na capa. No repertório, destaque para as canções Atrás do trio elétrico (lançada em novembro em compacto simples com Torno a repetir), Irene feita na cadeia em homenagem à irmã, o grande sucesso Marinheiro só, e regravações de Carolina, de Chico Buarque (regravada muitos anos depois no CD Prenda minha) e o tango argentino Cambalache.
A canção Não identificado, desse mesmo disco, foi lançada em novembro em compacto simples, juntamente com Charles anjo 45, de Jorge Ben, em dueto com o próprio. Além disso, também trabalhou como produtor musical, com João Gilberto (João voz e violão), Jorge Mautner (Antimaldito), Gal Costa (Cantar, cujo espetáculo originado deste também foi dirigido por ele) e a irmã Maria Bethânia (Drama - Anjo Exterminado, com faixa-título da autoria), caracterizando-se também por numerosas canções gravadas por outros intérpretes.

Em janeiro de 1972, Caetano Veloso retornou definitivamente ao Brasil, após haver visitado o país em agosto de 1971, onde participou de um encontro histórico, ao lado de João Gilberto e Gal Costa, realizado pela extinta TV Tupi. Ao lado deste que fora uma das maiores influências, participou em 1981 do álbum Brasil, do seu mestre João Gilberto. O disco, que contou também com a presença de Gil e Bethânia, foi lançado pela gravadora WEA, paralelamente à estreia da peça O percevejo, do poeta russo Vladimir Maiakóvski, com a participação de Dedé Veloso como atriz, e alguns poemas musicados pelo próprio Caetano. Um deles, O amor, se tornaria sucesso na voz de Gal.
Em 1974 lançou, ao lado de Gil e Gal, o disco Temporada de verão, gravado no Teatro Castro Alves, em Salvador, com destaque para a regravação de Felicidade, de Lupicínio Rodrigues, e as inéditas De noite na cama (que seria regravada posteriormente por Marisa Monte e Erasmo Carlos, novamente obtendo êxito) e O conteúdo, ambas de sua autoria.
A Tropicália seria retomada no álbum Tropicália 2 (1993), que comemorou os vinte e cinco anos do movimento e trinta anos de amizade entre Caetano e Gil, e ainda retomando a parceria entre ambos, contendo algumas doses de experimentalismo (Rap popcreto, Aboio, Dada, As coisas), uma crítica à situação política do país (Haiti - rap social da dupla), uma homenagem ao cinema (o movimento Cinema novo), ao carnaval baiano (Nossa gente - também gravada pela banda Cheiro de amor com sucesso), ao poeta Arnaldo Antunes (As coisas - cuja letra foi musicada de um trecho deste livro homônimo), e ainda ao músico Jimi Hendrix, com Wait until tomorrow. Anteriormente, ambos já haviam lançado um compacto simples com as canções Cada macaco no seu galho (Riachão), também inclusa no repertório deste, e Chiclete com banana (Gordurinha e Almira Castilho).
Em 1973, apresentou-se no evento Phono 73, série de espetáculos promovidos pela gravadora Philips com todo o elenco desta, no Anhembi (São Paulo), onde ele cantou a canção Eu vou tirar você deste lugar, do ícone considerado brega Odair José. Um compacto simples com as musicalizações para Dias dias dias (com citação para Volta, de Lupicínio Rodrigues) e Pulsar (Augusto de Campos) saiu encartado em Caixa preta (Edições Invenção), obra do poeta em parceria com Júlio Plaza; quatro anos depois, também saiu acoplado ao livro Viva vaia (editora Duas Cidades), que seria então publicado por Augusto. Participou de um espetáculo com Gilberto Gil na Nigéria (1977), onde passaram cerca de um mês. Em abril, foi publicado pela editora Pedra q ronca o livro Alegria alegria, com uma série de artigos, manifestos e poemas de Caetano, além de entrevistas com ele, realizada pelo conterrâneo, amigo e poeta Waly Salomão.
Em 1979, apresentou-se em um festival na TV Tupi defendendo a canção Dona culpa ficou solteira, de Jorge Ben, onde foi vaiado e a canção desclassificada.
A década de 1970 foi muito importante para carreira de Caetano, e para toda a MPB. Entre as canções de Caetano mais representativas desse período, estão, entre outras: Louco por você, Cá-já, A Tua presença morena, Épico, It's a long way, Um índio, Oração ao tempo, A little more blue, Nine out of ten, Maria Bethânia, Júlia/ Moreno, Minha Mulher, Tigresa, Cajuína, You don't know me e London London.

Ao lado dos colegas Gilberto Gil e Gal Costa, lançou o disco Doces Bárbaros, do grupo batizado com o mesmo nome e idealizado pela irmã Maria Bethânia, que era um dos vocais da banda. O disco é considerado uma obra-prima; apesar disso, curiosamente na época do lançamento (1976) foi duramente criticado. Ao longo dos anos, o lema Doces Bárbaros foi tema de filme com direção de Jom Tob Azulay, DVD e enredo da escola de samba GRES Estação Primeira de Mangueira'em 1994, com a canção Atrás da verde-e-rosa só não vai quem já morreu (paráfrase do verso de Atrás do trio elétrico, gravada em 1969), puxadores de trio elétrico no carnaval de Salvador, apresentaram-se na praia de Copacabana e numa apresentação para a rainha da Inglaterra. O quarteto Doces Bárbaros era uma típica banda hippie dos anos 1970.
Inicialmente o disco seria gravado em estúdio, mas por sugestão de Gal e Bethânia, foi o espetáculo que ficou registrado em disco, sendo quatro daquelas canções gravadas pouco tempo antes no compacto duplo de estúdio, com as canções Esotérico, Chuckberry Fields Forever, São João Xangô Menino e O seu Amor, todas gravações raras.
Nos anos 1980, cresceu a popularidade no exterior, principalmente em Israel, Portugal, França e África. Comandou, em 1986, ao lado de outro dos grandes cantores de sua geração, o carioca Chico Buarque, com quem gravou um antológico disco ao vivo em 1972, na apresentação do programa Chico e Caetano (TV Globo). O sucesso deste acabou por originar o álbum Melhores momentos de Chico e Caetano, que contou com a participação especial, dentre outros, de Rita Lee, Jorge Benjor, Astor Piazzolla, Elza Soares, Tom Jobim, Luiz Caldas, o grupo Fundo de Quintal e Paulo Ricardo.
Além deste, neste ano lançou dois discos: Totalmente demais, originado de um espetáculo acústico (outubro de 1985) que fora gravado no hotel carioca Copacabana Palace. Este disco, lançado para o projeto Luz do Solo inclusive, foi o primeiro grande sucesso da carreira, que vendeu cerca de 250 mil cópias e que trouxe regravações de canções que fizeram sucesso na voz de outros cantores, com destaque para a faixa-título, proibida pelo regime militar havia três anos, e ainda Caetano Veloso, também conhecido como Acústico, pelo selo Nonesuch, que trouxe regravações dos antigos sucessos neste formato. Este disco contou com a participação especial de três músicos: Tony Costa (violão), Marcelo Costa e Armando Marçal (percussão). Lançado inicialmente nos EUA, onde foi gravado, foi distribuído no Brasil somente quatro anos depois (outubro de 1990) e obteve boa recepção crítica, originando um espetáculo na casa carioca Canecão, que seria reiniciado em abril de 1991. Nesse mesmo mês, no dia 21, dia de Tiradentes, fez uma apresentação em homenagem ao Dia da Terra, que contou com a participação de cerca de cinquenta mil pessoas, realizado na enseada do Botafogo, no Rio de Janeiro.
Em 1981, o disco Outras palavras atingiu a marca de cem mil cópias vendidas, tornando-se o maior sucesso da carreira até então e lhe garantiu o primeiro Disco de Ouro. A vendagem deste disco foi impulsionada pelos sucessos Lua e estrela e Rapte-me camaleoa, esta última composta em homenagem à atriz Regina Casé. Neste disco também homenageou a também atriz Vera Zimmerman, com a canção Vera Gata, a língua portuguesa, numa incursão poética vanguardista (com a faixa-título), o estado de São Paulo (Nu com a minha música), o poeta Paulo Leminski (Verdura), a cultura do candomblé e umbanda (Sim/não), o grupo Os Trapalhões (Jeito de corpo) e o cantor francês Henri Salvador (Dans mon ile), a quem também homenagearia na canção Reconvexo, gravada por Maria Bethânia. Nessa mesma época, causou polêmica ao se desentender com a imprensa especializada (jornalistas e poetas como Décio Pignatari com quem se reconciliaria em 6 de dezembro de 1986, José Guilherme Merquior - que o acusou de "pseudointelectual que tenta usurpar a área do pensamento", e Paulo Francis).
Participou como ator, em 1982, do filme Tabu, de Júlio Bressane, onde interpretou o compositor Lamartine Babo, e sete anos depois, de Os Sermões - A História de Antônio Vieira, como Gregório de Matos, também de autoria de Júlio. No ano seguinte, inaugurou o programa Conexão Internacional, da extinta TV Manchete, numa gravação realizada em Nova Iorque, onde entrevistou Mick Jagger, cantor do grupo Rolling Stones. Em fins de 1988 - dezembro, a editora Lumiar publicou um songbook (livro de canções), produzido por Almir Chediak, desmembrado em dois volumes e com as letras e cifras de 135 músicas.
Em 1984 veio Velô, acompanhado pelos músicos da Banda Nova, com destaque, dentre outras, para Podres poderes, O pulsar, a regravação de Nine out of ten (gravada originalmente no álbum Transa, de 1972), O quereres, uma homenagem ao pai com O homem velho, Comeu, Shy moon e Língua, uma homenagem à língua portuguesa. Estas duas últimas contaram com as participações especiais de Ritchie e Elza Soares.
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit estadunidense que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de Mágoa e Seca d´Água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
A década de 1980 foi o momento em que Caetano começou a lançar seus discos e fazer shows maiores no exterior. Dentre as gravações mais representativas deste período na carreira do artista, e para toda a MPB, estão, entre outras: Os outros românticos, O estrangeiro, José, Giulieta Massina, O ciúme, Eu sou neguinha, Ele me deu um beijo na boca, Outras Palavras, Peter Gast, Eclipse oculto, Luz do sol, Jasper, Queixa, O quereres, O homem velho, Trem das cores, Noite de Hotel, Este amor, Rapte-me camaleoa, Língua e Podres Poderes.

Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos pop stars latino-americanos no mundo, com mais de cinquenta álbuns lançados, incluindo canções em trilhas sonoras de filmes de longa-metragem como Hable con ella, de Pedro Almodóvar; Frida, uma biografia da pintora mexicana; São Bernardo, de Leon Hirszman, com roteiro a partir do romance homônimo de Graciliano Ramos; o documentário Cinema Falado, relançado em 2003 em DVD, cujo título remete ao primeiro verso de um antigo samba de Noel Rosa; Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes; Tieta do Agreste, de Cacá Diegues, baseado no romance homônimo do escritor Jorge Amado; A dama do lotação, de Neville de Almeida, baseado no conto homônimo de Nelson Rodrigues; O Quatrilho, de Fábio Barreto; O coronel e o lobisomem; Orfeu; Proezas do Satanás na Terra do Leva-e-Traz, de Paulo Gil Soares; Ó Paí, Ó, de Monique Gardenberg, dentre outros.
Em 2002 publicou um livro sobre o movimento da Tropicália, Tropical Truth: A Story of Music and Revolution in Brazil (Tropicália: uma história de música e revolução no Brasil) e em 1997 redigiu o texto de Verdade Tropical (editora Companhia das Letras - 524 páginas), livro este onde relatou as lembranças do Tropicalismo e um relato pessoal sobre a visão de mundo, paralelamente ao lançamento do CD Livro, muito elogiado pela crítica especializada e indicado para o prêmio Grammy Latino em setembro de 2000, na categoria World Music (Música do Mundo). No repertório, a recriação de um trecho do poema O Navio Negreiro, do conterrâneo Castro Alves, algumas canções inéditas (Os passistas, Doideca, Você é minha, Livro, Um tom, Manhatã - dedicada a Lulu Santos -, Não enche, Alexandre e Para ninguém), regravações de clássicos da MPB (Na baixa do sapateiro, de Ary Barroso) e de canções de sua autoria (Onde o Rio é mais baiano e Minha voz, minha vida, feita nos anos 1980, mais precisamente em 1982, para Gal Costa gravar), e How beautiful could a being be, do filho Moreno.
Deste disco, foi originado o espetáculo Prenda minha, que por sua vez originou o também elogiado CD homônimo, lançado em fins de 1998, que trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas, na ausência total de canções do disco de estúdio. Inclusive este CD foi o primeiro a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas na sua carreira, vendagem esta alavancada pelo estrondoso sucesso da regravação da canção Sozinho (Peninha), que incluída na trilha sonora da telenovela Suave Veneno, de Aguinaldo Silva, explodiu nas rádios brasileiras. Exibiu alta produtividade também como compositor, com viés predominantemente poético e intelectual.

A primeira produção de um CD totalmente em Inglês (já havia lançado o disco "Fina Estampa" totalmente em Espanhol) foi A Foreign Sound -- Um som Estrangeiro (2004), no qual interpretou clássicos da música estadunidense e inglesa. Da vasta discografia, destacou-se também o álbum Estrangeiro, gravado em Nova Iorque, após uma série de apresentações na Itália em abril, foi gravado em parceria com Arto Lindsay, que obteve ótima recepção crítica da imprensa dos EUA, rendendo-lhe o extinto Prêmio Sharp (atual Prêmio Tim) de música (1989), tendo como um dos grandes êxitos a canção Meia lua inteira (de um compositor até então novato, Carlinhos Brown), que integrou a trilha sonora da telenovela Tieta de Aguinaldo Silva, e também gravou um LP em espanhol, Fina Estampa (1994), que trouxe clássicos latino-americanos com arranjos do maestro e violoncelista Jacques Morelenbaum, em estilo de bossa nova, e originou um álbum ao vivo homônimo, com parte daquelas canções entre outras músicas consagradas e pouco conhecidas da MPB (O samba e o tango, Canção de amor, Suas mãos, Lábios que beijei, Você esteve com meu bem), regravações dos antigos sucessos (Haiti, O pulsar, Itapuã, Soy loco por ti América) e canções em espanhol fora do disco de estúdio, com Cucurrucucú paloma, La barca e Ay amor. O espetáculo contou com poucas apresentações em território nacional, apresentando-se principalmente na cidade italiana de Nápoles (agosto de 1994, num encontro com o cantor Lucio Dalla). Inclusive a versão em CD do álbum de estúdio trouxe três músicas a mais: Tonada de luna llena, Lamento borincano e Vete de mi.
Outro trabalho que obteve relevante sucesso foi Omaggio a Federico e Giulietta (1999), com parte das canções em italiano (Come prima, Gelsomina e Luna rossa, que integrou a trilha sonora da telenovela Terra Nostra, de Benedito Ruy Barbosa), consistindo em uma homenagem ao cineasta italiano Federico Fellini e a esposa, a atriz cinematográfica Giulietta Masina, a quem também homenagearia na canção homônima, incluída neste mesmo disco. Ela também fez parte do repertório do disco Caetano (1987), que vendeu cem mil cópias. Inclusive esta canção foi proibida na época do lançamento. Diferentemente dos lançamentos anteriores, este Caetano não foi acompanhado de entrevistas. Caetano, desgostoso com a imprensa, quis cortar relações com ela. O espetáculo realizado em Paris (março de 1988), lhe garantiu uma aparição exclusiva na revista Vogue.
A maior parte das canções do álbum Caetano Veloso, gravado em Londres pelo selo Famous da Paramount Records, foram cantadas em inglês, e Transa mesclou português e inglês nas canções, ambos de 1971. Um dos sucessos deste, London London, acabou por ser regravada pelo grupo RPM quinze anos depois, novamente colocando a canção nas paradas de sucesso, e a regravação de Asa branca (de autoria da dupla Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira).
Transa, com uma capa inusitada em formato de objeto tridimensional, com destaque para a regravação do samba Mora na filosofia (de autoria da dupla Monsueto e Arnaldo Passos) e Triste Bahia (feita sobre inspiração de um trecho de soneto do conterrâneo, o poeta barroco Gregório de Matos). Transa também iniciou uma trilogia marcada pelo experimentalismo. O segundo trabalho nesse caminho foi o polêmico Araçá Azul (1972), que surpreendeu pelo perfil anticomercial, tendo por isso grande número de devoluções, foi retirado de catálogo e relançado somente em 1987.
Em fins de 1971 também lançou o compacto duplo O Carnaval de Caetano, com destaque para a canção Chuva, suor e cerveja, que obteve enorme sucesso no ano seguinte. Na época, lançou outros compactos destinados ao mercado carnavalesco: Piaba, Um frevo novo, A filha da Chiquita Bacana, Massa real e Deus e o diabo.
A última obra da trilogia foi Jóia (1975), lançado juntamente com Qualquer coisa. A capa original deste primeiro foi censurada por exibir um auto-retrato, a então mulher e o filho nus - num desenho de sua autoria, cuja capa só seria reconstituída dezesseis anos depois, quando da reedição em CD. A capa de Qualquer coisa foi uma paráfrase à do álbum Let it be, do grupo inglês The Beatles, a quem homenageou justamente nesses dois discos, com as canções Let it be, Eleanor Rigby e For no one (Qualquer coisa) e Help (Jóia).
Um dos discos mais aclamados pela crítica estrangeira foi o álbum "Estrangeiro", lançado em 1989. Não diferente aconteceu com os álbuns "Circuladô", "Livro" e "Noites do Norte". No Brasil, além desses álbuns, também tiveram críticas positivas discos como: Cê, Velô, Fina Estampa, Eu não peço desculpa, A foreign sound e Caetano [87].
Em termos de importância, muitos são os discos do artista Caetano Veloso que devem ser citados obrigatoriamente na história da Música Popular Brasileira: Transa [1972], Jóia [1975], Livro [1997], Caetano Veloso [1971], Cê [2006], Cinema Transcendental [1979], Qualquer Coisa [1975], Circuladô [1991], Bicho [1977], Uns [1983], e outros.
Em 2008, Caetano e o cantor Roberto Carlos fizeram um show juntos em tributo a Antônio Carlos Jobim, no qual foi registrado o CD e DVD Roberto Carlos e Caetano Veloso e a música de Tom Jobim.

Em 1977 vieram dois discos: Muitos carnavais, com canções destinadas ao carnaval, feito a partir de gravações de músicas lançadas anteriormente em compactos, e Bicho, que simulou uma incursão pela discoteca, gênero muito em voga na época, com destaque para a canção Tigresa, sucesso na voz de Gal Costa que fora composta em homenagem a atriz Sônia Braga (para quem também escreveu Trem das cores, do disco Cores e nomes, lançado em 1982). Em 1978 lançou o criticado Muito, que iniciou a parceria com o grupo A Outra Banda da Terra (terminada em Uns, lançado em 1983 que contou com a participação especial de Marina Lima, Antônio Cícero, a bateria da escola de samba GRES União da Ilha do Governador e a irmã Maria Bethânia na canção É hoje [9]) e foi um fracasso comercial - vendeu cerca de trinta mil cópias, com destaque para as canções Terra, uma homenagem à Bahia, mas também ao planeta Terra, e Sampa, escrita em homenagem à cidade de São Paulo, além de uma homenagem ao futebolista e ex-ministro dos esportes Pelé (Love love love) e a regravação de um sucesso da bossa nova Eu sei que vou te amar (de autoria da dupla Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
Neste mesmo ano, lançou Maria Bethânia e Caetano Veloso - ao vivo, que inicialmente seria concebido apenas na cidade natal para levantar fundos para a recuperação da catedral local, mas acabou sendo levado a várias cidades brasileiras. No ano seguinte, lançou o elogiado Cinema Transcendental, cujo título era extraído da canção Trilhos urbanos, no repertório. Atingindo a vendagem de cerca de cem mil cópias, trouxe canções antológicas de sua autoria, como Menino do Rio (sucesso na voz de Baby Consuelo, atual Baby do Brasil), Lua de São Jorge, Beleza pura (que se tornou o grande hit do LP), e Cajuína, e uma exaltação à religiosidade com Oração ao tempo. Em julho de 1990, participou do Festival de Jazz de Montreux, na França.
Merecem destaque também os álbuns Circuladô (1991), novamente produzido por Arto Lindsay após ter realizado em setembro alguns espetáculos na casa de espetáculos nova-iorquina Town Hall, cuja faixa-título é inspirada num poema de Haroldo de Campos, colaborador de longa data, que originou um álbum duplo ao vivo e ainda um documentário, como também um especial de cinco programas na TV Manchete, dirigido por Walter Salles. Em outubro, escreveu no jornal The New York Times um longo artigo, de profundas implicações culturais, sobre a cantora Carmen Miranda, paralelamente ao lançamento de outro livro: Caetano, por que não?, de autoria de Gilda Dieguez e Ivo Lucchesi, pela Editora Francisco Alves. Em maio, pela segunda vez, recebeu o Prêmio Sharp de Música. Em 1993 foi lançado o livro Caetano - esse cara, de Héber Fonseca, publicado pela editora Revan, que continha depoimentos dados ao longo da carreira em várias publicações, como emissoras de rádio e televisão brasileiras. Em 1996 foi alvo de criação de outro livro: O arco da conversa: um ensaio sobre a solidão, de Cláudia Fares (Cada Jorge Editorial).
Lançou ainda o CD Noites do norte (2000), que trata das culturas negras e africanas, onde todas as canções são inéditas, e cuja-faixa título foi extraída de um trecho de livro de Joaquim Nabuco, e que também originou um álbum duplo ao vivo e um DVD, contendo a íntegra do espetáculo. Gravou um disco com Jorge Mautner em 2002, Eu não peço desculpa, que inclusive foi indicado ao prêmio Grammy Latino no ano seguinte, na categoria melhor álbum de música popular brasileira, na mesma época em que participou na PUC de São Paulo) de um especial realizado pela TV Cultura, em homenagem ao poeta, crítico e tradutor Haroldo de Campos - fundador do movimento de poesia concreta nos anos 1950 -, que havia falecido em 16 de agosto daquele mesmo ano. O trabalho mais recente foi o super-elogiado e polêmico Cê (2006), onde retomou o repertório pop contido em outros discos, como Transa e Velô. Este disco causou polêmica por conter algumas letras picantes que remetem à sexualidade, como Outro, Deusa urbana, Homem e Por quê.
Em 2003, lançou o primeiro DVD-áudio, Muito mais, que foi bônus da caixa Todo Caetano, lançada em fins do ano anterior (dezembro) em comemoração aos trinta e cinco anos de carreira (foi lançada originalmente em 1996, com trinta álbuns), e cujo repertório apresenta canções consagradas do artista escolhidas pelos fãs através da internet, rede mundial de computadores. Em 2007, a Universal Music lançou Quarenta Anos Caetanos, caixa dividida em quatro partes, contendo toda a discografia oficial, em comemoração aos quarenta anos de parceria entre Caetano e a gravadora.

Caetano, em maio de 2008 estreou o show "Obra em Progresso", onde canta canções de sua carreira, mas sobretudo canções inéditas. O show só foi apresentado na cidade do Rio de Janeiro, e acabou voltando no mês de agosto à mesma cidade. Entre as canções novas apresentadas ao público que lotou as noites nas casas Vivo Rio e Teatro Casa Grande, estão: Falso Leblon, Lobão tem Razão, Perdeu e Base de Guantánamo.
As canções inéditas do show "Obra em Progresso" foram gravados em disco, todo produzido em estúdio no segundo semestre de 2008, lançado em abril de 2009 com o título de "zii e zie" .
Foi feito um blog para o cantor para este projeto iniciado em 2008 -e que terminou no mesmo mês do lançamento do álbum de estúdio- . A turnê seguiu pelo Brasil e exterior entre 2009 e 2010.
No ano de 2011 Caetano lança o cd simples MTV Ao Vivo - Zii e Zie, e o DVD duplo com a íntegra do show Zii e Zie, gravado na casa Vivo Rio, mais alguns momentos do show Obra em Progresso, gravado em 2008 no Teatro Oi Casa Grande, também no Rio de Janeiro.
Os dois grandes projetos de Caetano para o ano de 2011 são o disco de inéditas de Gal Costa, onde todas as canções serão dele, e o terceiro disco dele com a banda Cê.

Discografia
Cavaleiro/Samba em Paz (1965) Compacto Simples RCA Victor
Domingo (1967) - com Gal Costa - LP/CD Philips
Caetano Veloso (1968) - LP/CD Philips
Tropicália (1969) - LP/CD Philips
Caetano Veloso (1969) - LP/CD Philips
Caetano Veloso (1971) - LP/CD Philips
Transa (1972) - LP/CD Philips
Barra 69 - Caetano e Gil ao Vivo (1972) - com Gilberto Gil - LP/CD Pirata/Phonogram
Caetano e Chico Juntos e Ao Vivo (1972) - com Chico Buarque - LP/CD Philips/Phonogram
Araçá Azul (1972) - LP/CD Philips/Phonogram
Temporada de Verão - ao Vivo na Bahia (1974) - com Gilberto Gil e Gal Costa - LP/CD Philips/Phonogram
Jóia (1975) - LP/CD Philips/Phonogram
Qualquer Coisa (1975) - LP/CD Philips/Phonogram
Doces Bárbaros (1976) - ao vivo - com Gil, Bethânia e Gal - LP/CD Philips/Phonogram
Bicho (1977) - LP/CD Philips/Phonogram
Muitos Carnavais (1977) - LP/CD Philips/Phonogram
Muito - Dentro da Estrela Azulada (1978) - LP/CD Philips/Polygram
Maria Bethânia e Caetano Veloso ao Vivo (1978) - com Maria Bethânia - LP/CD Philips/Polygram
Cinema Transcendental (1979) - LP/CD Philips/Polygram
Outras Palavras (1981) - LP/CD Philips/Polygram
Cores, Nomes (1982) - LP/CD Philips/Polygram
Uns (1983) - LP/CD Philips/Polygram
Velô (1984) - LP/CD Philips/Polygram
Totalmente Demais (1986) - ao vivo - LP/CD Philips/Polygram
Caetano Veloso (1986) - lançado no BRASIL em 1990 - LP/CD WEA(EUA)/Polygram(Brasil)
Caetano Veloso (1987) - LP/CD Philips/Polygram
Estrangeiro (1989) - LP/CD Philips/Polygram
Circuladô (1991) - LP/CD Philips/Polygram
Circuladô ao Vivo (1992) - LP/CD Philips/Polygram
Tropicália 2 (1993) - com Gilberto Gil - LP/CD Philips/Polygram
Fina Estampa (1994) - CD Philips/Polygram
Fina Estampa ao Vivo (1995) - CD Polygram
Livro (1997) - CD Polygram
Prenda Minha - ao vivo (1998) - CD Polygram
Omaggio a Federico e Giulieta ao Vivo (1999) - CD Universal Music
Noites do Norte (2000) - CD Universal Music
A Bossa de Caetano (2000) - CD Universal Music
Noites do Norte ao Vivo (2001) - CD/DVD Universal Music
Eu Não Peço Desculpa (2002) - CD Universal Music
A Foreign Sound (2004) - CD Universal Music
Cê (2006) - CD Universal Music
Cê ao vivo (2007) - CD/DVD Universal Music
Roberto Carlos e Caetano Veloso e a música de Tom Jobim (2008) - CD/DVD Amigo Records/Sony Music
Zii e Zie (2009) - CD Universal Music
MTV Ao Vivo - Zii e Zie (2011) - CD Universal Music
Principais espetáculos
Os Doces Bárbaros - com Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethânia - 1976
Bicho Baile Show - 1977 / 1978
Muito - 1978 / 1979
Cinema Transcendental - 1980
Outras Palavras - 1981
Cores, Nomes - 1982
Uns - 1983
Velô - 1984 / 1985
Voz e Violão - 1986
Caetano - 1988
Estrangeiro - 1989 / 1990
Acústico - 1990 / 1991
Circuladô - 1992
Tropicália Duo - com Gilberto Gil - 1994
Fina Estampa - 1995 / 1996
Livro Vivo - 1998 / 1999
Noites do Norte - 2001 / 2003
A foreign Sound - 2004 / 2005
Cê - 2006 / 2007
Obra em Progresso - 2008
Zii e Zie - 2009 / 2010
Cinema
Coração Vagabundo (2008)[10]
O Cinema Falado (1986)
Doces Bárbaros (1976)

“Menino de Salvador musica que causa arrepio coração de eterno flerte,cantando contra o vento . Moço lindo do Badauê gosto tanto de te ver Caetano cantando contra o sol,pai de toda a poesia que deixa tudo joia rara,deixa eu dançar pra o meu corpo ficar odara.Menino de Salvador tome esse post  como um beijo.”
Beijos e Abraço a todos.fiquem com Deus até o proximo.